Uma família de salmões-de-Atlântico é a nova estrela da exposição “Peixes Migradores”, uma mostra patente agora de forma permanente no Fluviário de Mora, em colaboração com a Universidade de Évora.
Com uma distribuição bastante ampla (costa Este da América do Norte ao Norte da Europa) têm no rio Lima o seu limite sul no continente europeu. Esta espécie tem um ciclo de vida complexo que a leva a conhecer dois mundos bem distintos: as águas salgadas do Atlântico e as águas doces dos rios Europeus e Americanos.
Na Primavera, os adultos, que até então se desenvolviam no mar, iniciam o regresso e subida aos rios onde, anos antes, nasceram. É no cascalho e areia de rios de águas frias, bem oxigenadas e límpidas, que as fêmeas de salmão constroem os ninhos onde irão depositar os ovos.
Após o período de incubação, os juvenis permanecem cerca de 2 anos nos rios antes da migração para o mar. Durante a visita ao Fluviário de Mora, fica-se a conhecer mais sobre esta espécie: alimentação, comportamento territorial, porque está em perigo e factores que a ameaçam.
A exposição, inaugurada no dia do 1º aniversário daquele espaço – 21 Março – explica ao visitante o que são os peixes migradores, quais os que existem em Portugal e a sua distribuição nos leitos nacionais, destacando-se os rios Minho, Lima, Guadiana, Cavado e Douro.
Medidas de gestão para a reabilitação de habitats e os constrangimentos à migração são outros aspectos mostrados ao visitante, que ficará a saber que os açudes, poluição e a extracção de inertes são os principais obstáculos à deslocação das espécies migratórias nos rios portugueses.